O segundo período do Modernismo brasileiro se estendeu de 1930 a
1945. Internacionalmente, o país vivia uma depressão econômica, causada
pelas duas guerras mundiais (1919-1939) e pelo avanço do nazi-fascismo.
Já no plano nacional houve a ascensão de Getúlio Vargas ao poder.
Na década de 30 houve um forte impacto na economia mundial, com a quebra
da Bolsa de Valores de Nova Iorque, chamado de Grande Depressão.
Durante esse colapso no sistema financeiro mundial, paralisações de
fábricas, falências bancárias, desemprego em massa, fome e miséria eram
constantes.
Cada país tentou minimizar os efeitos da crise, ao passo que houve
fortalecimento dos partidos socialistas e comunistas em choque com as
ideologias burguesas. A partir disso, para evitar qualquer tipo de
anarquismo e contrários ao comunismo, os estados defenderam o
autoritarismo como forma de governo.
No Brasil, a República do café-com-leite ou República Velha estava em
crise, pois a superprodução de café desestabilizou a economia e,
portanto, havia muitos estoques do produto, porém, sem compradores, já
que o mundo estava em crise financeira.
Ocorreu a Revolução de 1930 no Brasil, que levou Getúlio Vargas ao
governo provisório, apoiado pela burguesia industrial. Começou, então, o
incentivo à industrialização e a entrada de capital norte-americano.
Houve uma tentativa de Revolução, chamada Constitucionalista, em
oposição ao governo de Vargas, formada praticamente pela oligarquia
cafeeira, frustrada pela política econômica do governo, a qual apoiava a
industrialização.
Em meio à massa descontente das oligarquias rurais, ao temor da
burguesia quanto às agitações político-sociais e as constantes
manifestações contrárias ao seu governo, Vargas resolveu iniciar a
ditadura militar no Brasil, em 1937. Foi implantado o “Estado Novo”, que
compreendeu o longo período anticomunista e antidemocrático no Brasil,
chefiado unicamente por Getúlio Vargas, que durou até 29 de outubro de
1945, quando debaixo de pressões, Getúlio renunciou ao cargo.