Depois da Semana de Arte Moderna, a ideia de "modernismo" - ou seja,
de novas atitudes artísticas contra a arte encarada como artificial, contra
tudo o que os escritores consideravam "velho"- parecia não ter sido
absorvida e a literatura no Brasil parecia não ter mudado em nada. Entretanto,
alguns intelectuais de várias regiões começaram a manifestar-se: a verdadeira
arte moderna devia retratar criticamente um Brasil mais abrangente, que mal se
conhecia, cujas desigualdades sociais fossem retratadas com vigor num realismo
próprio do século 20. A arte literária, segundo vários intelectuais, devia sair
dos "salões aristocráticos de São Paulo", quer dizer, devia abandonar
o contato apenas com o urbano, influenciado pelas vanguardas europeias.
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